terça-feira, outubro 18, 2016

O que esperar de Thiago Monteiro?

Nossa esperança na ATP, o cearense Thiago Monteiro jogou muitas partidas este ano e deu um salto gigantesco no nível dos jogadores que enfrenta.
Aos 22/23 anos, 2017 será a temporada onde saberemos para onde ele vai. Se vai para as cabeças ou se será um jogador de Top 100 como o Bellucci. Que é o que de melhor temos hoje em dia e desde que o Guga parou.
Pro Monteiro ir para as cabeças, precisará começar a surpreender nos ATPs 250 e 500 e chegar ao Top 50 em 2017.
E aí, com mais experiência, ele tem chance de ganhar seu primeiro grande torneio em 2018: um ATP 250 pra começar.
Tenista não tem 2 carreiras. E o tempo é cruel contra ou a favor.
Ao final deste ciclo que citei, ele fará 25 anos (Maio de 2019).
Ou seja, ao final da temporada de 2018, se ele tiver ganho ao menos um ATP 250, beliscado uma semi ou final de 500, estará num top 30 ou bem próximo.
Aí sim podemos sonhar com um Top 10 pro Monteiro, que eu acredito ser possível. Tudo dependerá mesmo da confiança que ele conseguirá em seu tênis. Porque tênis ele tem.
Agora...só vale um registro: galera, o Thiago Monteiro não é um mito como Guga. Não cobrem um Top 5 dele, muito menos um número 1.
Os grandes campeões do tênis surgem aleatoriamente de um país ou outro.
O raio caiu na Suíça com o Federer? Sinto, Wawrinka, não vai cair em você. Foi um raio único na Suíça.
O mesmo na Sérvia. Não vai se ter um novo número 1 na Sérvia tão cedo. 
Mesmo a Meca do tênis, os EUA...vejam há quantos anos sem um número 1.
O Taylor Fritz é a esperança deles. E olha que lá são 17 milhões de tenistas...
Talvez vocês se perguntem: este cara tem bola de cristal? Não, é o tênis que é assim mesmo.A afirmação do raio não cair no mesmo lugar de fato pode parecer meio pretensiosa, mas eu pensei nela mais dentro do contexto desta postagem de expectativa sobre o Thiago Monteiro.
 A quantidade de jogadores de um determinado país no Top 100, aí sim, pode mudar com o investimento de sua confederação. Porém, e ao menos historicamente, o número 1 da ATP, depois da profissionalização do tênis em 1973, quase nunca veio na sequência de um só país. A única exceção vem dos EUA em três ocasiões: com um revezamento entre McEnroe e Connors em 1981-1983, com Courier-Sampras-Agassi em 1992-1996, e Sampras e Agassi, em 1999-2000.
A China tem atualmente 15 milhões de tenistas em seu país. E não deve nutrir expectativas de um número 1 tão cedo, visto que não tem nenhum tenista no masculino no Top 150, e nenhuma tenista no feminino entre o Top 20. E a única tenista mais nova, Saisai Zheng, não deve chegar ao topo, visto que já tem 22 anos e ainda não chegou ao Top 50.

Enfim, concluindo, Monteiro é nossa esperança de Top.10. E as duas próximas temporadas, 2017 e 2018, nos dirão se esta esperança se concluirá.

* Imagem: UOL Esporte

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